Resenha: Just One Day, por Gayle Forman

que capa maravilhosa, né?

“A vida de Allyson Healey é exatamente igual a sua mala de viagem: organizada, planejada, sistematizada. Então, no último dia do seu curso de extensão na Europa, depois de três semanas de dedicação integral, ela conhece Willem. De espírito livre, o ator sem destino certo é tudo o que Allyson não é. Willem a convida para adiar seus próximos compromissos e ir com ele para Paris. E Allyson aceita. Essa decisão inesperada a impulsiona para um dia de riscos, de romance, de liberdade, de intimidade: 24 horas que irão transformar a sua vida. Apenas um Dia fala de amor, mágoa, viagem, identidade e sobre os acidentes provocados pelo destino, mostrando que, às vezes, para nos encontrarmos, precisamos nos perder primeiro... Muito do que procuramos está bem mais perto do que pensamos”. 

Sinopse retirada da página de Apenas Um Dia (editora Novo Conceito) no skoob.

Vocês votaram e decidiram que o Livro do Mês aqui no blog seria Just One Day, da Gayle Forman. Sei que essa resenha era para ter sido postada em novembro, mas o motivo do meu atraso se resume em três palavras em caps lock: FIM DE SEMESTRE. Tive uns cinquenta trabalhos da faculdade pra fazer (que eu deixei para última hora? sim), estava em semana de provas, trabalhando, etc e tal. Vocês me entendem, né? Peço perdão pelo vacilo e prometo que agora que eu estou de férias (SIM!) a frequência de postagem vai melhorar. Eu espero.

Voltando à resenha: A autora é super conhecida pelo best-seller Se Eu Ficar, que agora conta também com uma adaptação cinematográfica. Se Eu Ficar, aliás, esteve na minha lista de desejados por muuuuuuuito tempo, antes mesmo desse boom todo da autora aqui no Brasil e até hoje eu simplesmente NÃO LI. ARGHHH.

Em Just One Day, tudo começa com as amigas Allyson e Melanie em um tour pela Europa. As duas receberam a viagem como presente de formatura e estão aproveitando o passeio... ou pelo menos Melanie está. Allyson está achando tudo muito chato e artificial, e queria mesmo era ter ido para Paris, cidade que foi retirada do itinerário da viagem devido a uma greve local. E aí, quando a dupla está esperando para entrar em um teatro da Inglaterra, um grupo passa pelo local distribuindo panfletos sobre uma peça de Shakespeare que vai acontecer ali perto. As meninas decidem fingir que estão passando mal e dizem para a guia de seu grupo que vão para o hotel descansar, mas na verdade vão assistir à tal peça de teatro. Lá, Allyson percebe que o menino que lhe entregou o panfleto é um dos atores da peça, e meio que rola um romance ali.

Quando estão no trem à caminho de Londres, Allyson descobre que o mesmo menino  – Willem - está no mesmo trem que ela. Eles conversam e ela acaba lhe dizendo que não visitou Paris, e Willem a convida para conhecer a cidade dos seus sonhos, por apenas um dia (tcharam, daí o nome do livro!). Ao contrário do que pode parecer, o livro não conta a história desse dia apenas. Acompanhamos o dia que os dois passam juntos e como ele influencia algumas mudanças que ocorrem em Allyson após essa viagem.

O livro tem uma escrita bem simples, mas que cativa. Mesmo que não esteja acontecendo nada de muito emocionante, você continua mergulhado dentro do livro e não consegue soltá-lo de maneira alguma, e aí quando percebe ele já chegou ao fim. É um livro muito fofo, clichê e cheio de frufruzinho, daqueles que te fazem suspirar por qualquer besteira. Não é um livro que vai mudar a sua vida, mas vale a leitura só pela leveza com que é escrito.

Porém, tenho algumas críticas ao livro. A primeira delas: o uso de estereótipos nada a ver. Por exemplo, em determinada parte, a Allyson encontra com sua amiga Melanie e repara que ela deixou os pelos da axila crescerem. Allyson acha estranho, mas depois a amiga diz que acha que virou lésbica. Ufa, tá explicado! Por isso os pelos na axila! Hm... oi? 1) então toda menina que beija meninas deixa os pelos da axila crescerem? E 2) o que você tem a ver com isso? Eu eim, toma conta da sua vida! Achei um estereótipo muito desnecessário e confesso que fiquei meio ??? quando li isso.

Outra coisa que eu não curti muito, e que talvez seja super legal para algumas pessoas mas que causou um certo incômodo em mim: o uso de frases inteiras em francês sem a tradução. Ah, fala sério, cê acha mesmo que eu vou ficar traduzindo cada frase? Não, obrigada. Pode ser que a autora tenha feito isso de propósito, pra envolver o leitor no livro etc e tal. Eu entendo, mas não funcionou comigo.

E a minha terceira crítica é relacionada com as coisas MUITO improváveis de acontecer. Tudo bem, eu entendo que o livro meio que gira em torno de ~coincidências~ e ~acidentes~ mas algumas coisas me pareceram um pouco forçadas demais. Como, por exemplo, uma parte em que a Allyson está em uma lan house em Amsterdam e uma amiga sua lhe manda um e-mail perguntando onde ela está, e ela diz que está em Amsterdam e a amiga OH! EU TAMBÉM! ONDE EXATAMENTE? e a Allyson passa o endereço e adivinhem? Elas estão há cinco minutos uma da outra!!!!!! Achei forçado, mas relevo porque essa é meio que a moral do livro, hehe: coincidências acontecem.

No mais, apesar das minhas críticas, eu recomendo muito o livro! Vocês sabem que eu sou super chata, reclamo de tudo, e isso não significa (sempre) que eu não tenha gostado do livro. O livro é muito legal e divertido, e isso sem contar essa capa maravilhosa e os ocasionais quotes fofinhos, que já valem a indicação. Eu adorei, e espero que vocês leiam para me contarem qual a opinião de vocês!

Ah, e falando nisso, logo logo vai ao ar uma super resenha com a opinião de algumas pessoas que já leram o livro, então fica ligado hehe (frase de sessão da tarde, né?).

Gostou da resenha? Já leu? Gostou, não gostou? Deixa aí nos comentários! Beijo e até a próxima. ;)