domingo, 24 de fevereiro de 2013

Ressaca literária – o que é, de onde vem, para que serve?

Ressaca literária é aquele momento tpm no mundo da literatura, quando você não consegue  ou não tem vontade de ler nada.

Se você, assim como eu, é um leitor assíduo por mais de um ano, já deve ter passado por uma (ou mais) ressaca literária. Estou passando por uma no momento e gente, que saco.

Depois de ler oito livros em janeiro (!!!!) e dois livros maravilhosos em fevereiro (e um não tão maravilhoso assim), eu parei por aí. O último livro que eu li foi A Mulher do Viajante no Tempo, que eu terminei em 14/02 e isso já faz tempo pra caramba!! Desde então não consigo ler nada novo. Tenho em mente alguns fatos que podem ter ocasionado a ressaca, então vou enumerá-los para que vocês fiquem atentos aos sintomas e protejam-se.

1)  Li muitos livros num curto período de tempo

Sei que onze livros não é nada oh! uau! impressionante! mas, para os meus padrões de trabalho/faculdade/textos para a faculdade/livros para a faculdade/opa outro texto para a faculdade, onze acaba por ser um número um tanto quanto alto. E como em janeiro eu estava de férias, e sabia que em fevereiro eu teria muita leitura obrigatória para me ocupar, tentei ler o máximo que eu pude. Então, talvez eu tenha lido tantos livros de uma só vez que o meu cérebro precisa de umas férias. Quem sabe.

2)  Li muitos livros bons!

Não sei se é só comigo, mas quando eu leio um livro bom eu meio que fico “oh-meu-deus-eu-nunca-mais-vou-ler-outro-livro-ESSE-É-O-MELHOR-LIVRO-JÁ-ESCRITO-ESSE-VAI-SER-O-ÚLTIMO-LIVRO-QUE-EU-VOU-LER-NA-VIDA-NADA-SUPERARÁ-ESSE-LIVRO” e aí eu tento pegar outro livro que eu ache que vá gostar tanto quanto o último. E aí, meus caros, acontece que entre esses onze livros que eu li, oito foram extremamente bons! O que acabou nos levando para

3)  O livro que eu estava planejando ler e que passei anos desejando não começou do jeito que eu esperava e eu queria tanto gostar dele e a capa é tão bonita E EU QUERO TANTO GOSTAR DESSE LIVRO :(

Título auto-explicativo. Não vou dizer o nome porque pode trazer azar e eu tenho fé que ainda vou gostar dele. Eu só não comecei ele direito. Dá uma chance pro coitado, Gabriela.


Esses foram os motivos que eu consegui listar. (Também não sei porque, mas esse ano eu comecei a ler muitos livros, lia algumas páginas e aí, do nada, pensava “nahh”, soltava o livro e pegava outro. Não sei o motivo disso. Eu tenho uma teoria, e ela é a seguinte: eu tenho livros aqui há tanto tempo (alguns estão na minha estante há TRÊS ANOS) que eu simplesmente já enjoei da cara deles. Pois é. Então a minha meta no momento é ler os livros que eu tenho há mais tempo, pra me livrar dessa culpa e voltar a ler normalmente)

A verdade é que eu não sei de onde veio essa ressaca, não sei quanto tempo vai durar, não sei para que serve. Como eu já disse em um post passado (ou pelo menos acho que disse), em 2012 eu li mais por obrigação do que por diversão. Mais por “vamo lá Gabriela você precisa atingir sua meta go go go” do que por “uau, esse livro é realmente interessante, vamos ler até acabar!!!” e isso tornou 2012 um ano não tão bom para as leituras. E foi por isso que em 2013 eu prometi a mim mesma que só leria o que eu estivesse a fim. E acontece que no momento, eu querendo ou não, simplesmente não estou a fim de ler, e ponto final. Vocês vão me matar por isso? Por favor não :(

Implorando na chuva para que não me julguem

Antes de mais nada, ler deveria ser uma coisa legal. Enquanto te fizer bem, te entreter e te passar algo bom, tá valendo. Quando for por obrigação, aí não. Até porque existem alguns livros que se você não tá na vibe, você acaba que “lê por ler”, e aí de nada adianta: não aproveitou a leitura, não absorveu nada, e não gostou. Ganhou em número no skoob mas perdeu tempo e diversão. Não tá na vibe de ler? Vai ver um filme ou uma série, jogar imagem & ação, lavar a louça, sei lá. Só não transforme leitura em obrigação, porque senão fica bo-ring e você não ganha nada com isso.


Mais um Capítulo adverte: se o livro te fizer bocejar, mau sinal. 

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Lendo no escuro #2 TWD


No universo de The Walking Dead não existe vilão maior do que o Governador, o déspota que comanda a cidade de Woodbury. Eleito pela revista americana Wizard como "Vilão do ano", ele é o personagem mais controvertido em um mundo dominado por mortos-vivos. Neste romance os fãs irão descobrir como ele se tornou esse homem e qual a origem de suas atitudes extremas. Para isso, é preciso conhecer a história de Phillip Blake, sua filha Penny e seu irmão Brian que, com outros dois amigos, irão cruzar cidades desoladas pelo apocalipse zumbi em busca da salvação. Originalmente, The Walking Dead é uma série de quadrinhos publicada desde 2003 e vencedora do Eisner Award. Em 2010, os quadrinhos foram adaptados para o seriado homônimo The Walking Dead já bateu diversos recordes de audiência nos Estados Unidos e foi finalista em várias categorias no 68º Golden Globe Awards, incluindo Melhor Série Dramática de TV. 



Eu não fazia ideia se esse livro era baseado na série, na história em quadrinhos ou se era alguma coisa paralela no mesmo universo apocalíptico. E por esse motivo ele está no Lendo no escuro! Só depois de ler descobri que é um complemento quase essencial da série e conta a história do Governador de Woodbury, personagem muito marcante da terceira temporada.

O livro mostra toda a caminhada do personagem até receber o titulo de governador, e explica a origem de vários fatores presentes na série, porém, não acompanhar a série não prejudica em nada o entendimento do livro.

Diferente da maioria das histórias sobre apocalipse zumbi, onde todo mundo sabe atirar, tem munição infinita e o maior problema é achar comida, o que mais me chama a atenção em TWD, seja na TV, na HQ ou também no livro, é o realismo dos personagens. Eles sofrem muito com o fim da civilização, principalmente em um aspecto mental e emocional. Afinal, é impossível você ver seus amigos e familiares morrendo, voltando à vida como cadáveres canibais e continuar tranquilão como se a vida tivesse sido sempre assim.



O desenvolvimento da história é muito bom, com muita ação, suspense e um final surpreendente. Lembrando que o livro não é recomendado para menores, porque obviamente descreve muito bem sangue entre outras coisas abandonando seus antigos corpos (eca). Mas se você tem um estomago forte e gosta de bastante adrenalina, cenários apocalípticos e emoções extremas, você com certeza deveria ler esse livro, mesmo que não acompanhe a série. (Mas também deveria acompanhar...)

PS: Já tenho em minha posse o novo livro da Série The Walking Dead ‘O caminho para Woodbury’ e assim que eu terminar de ler postarei minha opinião aqui. Tchau!


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Resenha: Will Grayson, Will Grayson

Alguns devem saber, outros não: este é mais um livro do John Green! Nosso queridinho John Green!! (Tá, mais ou menos. Na verdade, ele escreveu esse livro em parceria com o David Levithan, que é um cara tão genial que merece um pequeno grande parênteses aqui: já ouviu falar de Nick e Norah? The lover’s dictionary (que, aliás, terá resenha em breve!)? Boy meets Boy? Eles são todos livros do David/que ele escreveu em parceria. É engraçado, porque eu sabia da existência de todos os livros mas não sabia que eram todos do mesmo cara, e aí um dia BOOM, eu descobri, e fiquei muito chocada. Sério mesmo. E o cara é bom, viu? Tão bom que vou fazer uma postagem especial só pra ele <3)

Will Grayson, Will Grayson conta a história de dois meninos que se chamam… Will Grayson. Um Will é do John Green e o outro Will (ou will, sem letra maiúscula, porque os capítulos desse will são todos em letra minúscula) do David Levithan.

O Will Grayson do John Green mora com os pais médicos, vive em Chicago e tem por melhor amigo Tiny Cooper, um cara que em suas palavras “Tiny Cooper não é a pessoa mais gay do mundo, e também não é a pessoa mais larga, mas eu acredito que ele possa ser a pessoa mais larga do mundo que é realmente, realmente gay, e também a pessoa mais gay do mundo que é realmente, realmente larga”. Tiny Cooper é engraçado, fofo, gay, e se apaixona a cada 32 segundos por um cara diferente.

Já o will grayson do David Levithan mora apenas com a sua mãe, toma remédios para depressão e troca mensagens com isaac, seu namorado virtual. Os dois se conhecem há um ano e sentem que só são eles mesmos quando estão conversando entre si. Esse will é bem recluso e “resmungão”, mas é o meu will preferido. <3

E então, um certo dia, OS DOIS WILL COLLIDE! BOOM! E é aí que o livro realmente “começa”. E eu não posso dizer o que acontece, porque seria um spoiler gigantesco, mas acontece uma coisa tão =O que eu fiquei, literalmente, assim =O por uns 5 minutos.

Minha reação

E aí tem também a Jane, que é uma garota que só começa a interessar o Will (do John Green) quando ela perde o interesse (pff, garotos). E tem também um MUSICAL, e quotes, quotes, quotes. É um livro tão cheio de quote que vocês não estão entendendo!! É maravilhoso do início ao fim, você fica com vontade de reler assim que você vira a primeira página, e é lindo, lindo, lindo. Entrou para a minha lista de favoritos de tão bom que é. É um livro com nível fácil de inglês, e eu juro pra vocês, vai conquistar logo na primeira página. (SÉRIO. Tem dois quotes maravilhosos na primeira página!!)
É brilhantemente engraçado, e vocês. precisam. ler. 

“Maybe there's something you're afraid to say, or someone you're afraid to love, or somewhere you're afraid to go. It's gonna hurt. It's gonna hurt because it matters.” 





Will Grayson, Will Grayson, por John Green e David Levithan
Editora: Speak
ISBN: 9780142418475
Páginas: 310
Nível de ingles: fácil
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