segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Resenha: A Arma Escarlate

Sinopse: O ano é 1997. Em meio a um intenso tiroteio, durante uma das épocas mais sangrentas da favela Santa Marta, no Rio de Janeiro, um menino de 13 anos descobre que é bruxo. Jurado de morte pelos chefes do tráfico, Hugo foge com apenas um objetivo em mente: aprender magia o suficiente para voltar e enfrentar o bandido que está ameaçando sua família. Neste processo de aprendizado, no entanto, ele pode acabar por descobrir o quanto de bandido há dentro dele mesmo.

O livro foi lançado pelo selo Novos Talentos mas logo em seguida devido ao grande 
número de pedidos foi relançado com capa nova e com a marca da Novo Século



Conheci a autora na bienal do livro 2012 onde ela me apresentou A Arma Escarlate, um livro sobre uma escola de bruxaria no Brasil. A ideia parece familiar? Em uma nota publicada no livro, Renata Ventura conta que em uma entrevista com J.K. Rowling (autora da série... Vocês sabem que série), um fã norte-americano lhe perguntou se ela escreveria um livro sobre uma escola de magia nos Estados Unidos. A autora respondeu que não, “... mas fique à vontade para escrever o seu.”
E foi exatamente isso que ela fez. Com autorização da própria criadora de Hogwarts, Renata Ventura escreveu sobre a Nossa Senhora do Korkovado, a escola brasileira de bruxaria no Rio de Janeiro.

O livro Conta a história de Hugo Escarlate, um jovem morador do morro Dona Marta que descobre ser bruxo aos 13 anos. Jurado de morte pelo chefe do tráfico, Hugo foge para a escola para tentar aprender a se defender. A história é muito boa e acima de tudo muito real, se existisse uma escola de magia no Brasil, seria exatamente do jeito descrito no livro. Nem perto do padrão Europeu, alguns bons professores mal pagos, cartas atrasadas e um governo corrupto, a autora não economizou nas críticas ao país, mas também soube valorizar as qualidades do nosso Brasilzão. Não existe divisão de casas na escola, afinal somos um povo unido e sem preconceitos, e ninguém dá muita importância ao fato de você ser ou não ser filho de bruxos.

Outro ponto interessante é a valorização da nossa cultura, alguns feitiços só funcionam no Brasil se forem pronunciados em tupi e, além de fênix e unicórnios, também podemos encontrar criaturas do nosso folclore como, por exemplo, o curupira. 

Então não se engane, apesar da história ser totalmente inspirada em (e até se passa no mesmo universo de) Potter, é totalmente brasileira. A história é envolvente e ás vezes realista até demais. O livro foi muito bem escrito e a leitura é agradável. Pessoalmente, fico muito orgulhoso por uma obra tão rica e tão brasileira estar ganhando espaço em nossas estantes. Fiquei muito ansioso para o lançamento da sequência.

E se você, brasileiro com sangue bruxo, até hoje não recebeu sua carta, talvez ela esteja atrasada alguns anos, afinal, no Brasil tudo atrasa...


2 comentários:

  1. Era o Empurrão que eu precisava pra comprar esse livro! *-*

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  2. Se eu fosse vc parava de vez com essa falsidade e dissesse a verdade, pois eu perdôo gente que se engana mas mentiroso não! O vc devia ter dito é que gosta de AAE simplesmente porque foi só o 1º livro nacional fanfic de HP, nada mais e nada menos, e isso é pq vc sente muita saudade de HP e não vê mais opções ao seu redor, e se tem são todos péssimos livros. Eu queria ver se caso aparecesse outro livro fanfic de HP nacional que fizesse uma fama capaz de aparecer em jornais e reportagens se vc não iria mudar de idéia ou caísse na real sobre o que tu disse anteriormente e quem sabe reescrevesse sua resenha e colocasse menos uma ou duas estrelas.

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